Exoplaneta bizarro tem órbita perpendicular em torno de duas estrelas

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Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/04/2025

Planeta com ?rbita polar

Astr?nomos descobriram aquele que parece ser o sistema planet?rio mais bizarro j? visto, fazendo com que mesmo os estudiosos se lembrem de Tatoine, o planeta de Guerra nas Estrelas, que orbita dois s?is.

Mas o planeta rec?m-descoberto, catalogado como 2M1510 (AB) b, tem um detalhe adicional: Al?m de orbitar duas estrelas, ele faz isso em um ?ngulo de 90?, ou seja, ele gira em torno do bin?rio estelar na perpendicular da ?rbita das estrelas.

Essa configura??o torna o 2M1510 um "planeta polar" - na verdade, esta ? a primeira prova clara de que planetas polares existem de fato. Ou seja, os dois s?is n?o nascem e se p?e de leste a oeste, mas sim de norte a sul.

"Estou verdadeiramente entusiasmado por estar envolvido na detec??o de ind?cios cr?veis que apontam para a exist?ncia desta configura??o," disse Thomas Baycroft, da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, que liderou o estudo, realizado com o telesc?pio VLT, no Chile.

O exoplaneta orbita um bin?rio de an?s marrons jovens, corpos celestes maiores que planetas gigantes gasosos mas ainda pequenos para serem considerados estrelas propriamente ditas. As duas an?s marrons (ou an?s castanhas) eclipsam-se uma ? outra quando observadas a partir da Terra, constituindo o que os astr?nomos chamam um bin?rio eclipsante.

Sistemas desse tipo s?o bastante raros: Al?m de ser apenas o segundo par de an?s marrons eclipsantes conhecido at? hoje, este ? o primeiro a apresentar o tamb?m primeiro exoplaneta em uma ?rbita perpendicular.

"Um planeta em ?rbita n?o s? de um bin?rio, mas de um bin?rio de an?s marrons, e numa ?rbita polar, ? realmente algo incr?vel," comemorou Amaury Triaud, coautor da descoberta.

As duas an?s marrons receberam os nomes de 2M1510 A e 2M1510 B. Mas a equipe j? sabe que o sistema tem uma terceira estrela, orbitando a grande dist?ncia do par, chamada 2M1510 C. O estudo mostra que esta terceira estrela est? longe demais para causar perturba??es orbitais no sistema.

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