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Redação do Site Inovação Tecnológica - 17/04/2025
Imagem art?stica do K2-18b e seu vizinho, o K2-18c, orbitando uma estrela an? vermelha a 124 anos-luz de dist?ncia, na constela??o do Le?o.
[Imagem: Alex Boersma]
Bioassinatura em exoplaneta na zona habit?vel
Astr?nomos detectaram os sinais mais promissores at? agora de uma poss?vel bioassinatura em um planeta fora do Sistema Solar.
Embora ainda longe de ser um indicador conclusivo da exist?ncia de vida org?nica fora da Terra, a identifica??o de bioassinaturas ? considerada uma das t?cnicas mais promissoras para tentar encontrar vida extraterrestre. Assim, mesmo que preliminar, o resultado est? sendo comemorado pelos pesquisadores.
Usando dados do telesc?pio espacial James Webb, Nikku Madhusudhan e colegas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, detectaram as impress?es digitais qu?micas de sulfeto de dimetila (DMS) e/ou dissulfeto de dimetila (DMDS) na atmosfera do exoplaneta K2-18b.
O planeta K2-18b tem 8,6 vezes a massa e 2,6 vezes o tamanho da Terra, e est? localizado a 124 anos-luz de dist?ncia, na constela??o do Le?o. Mais importante, ele orbita sua estrela na zona habit?vel, a regi?o em que o planeta apresenta temperaturas superficiais que podem manter a ?gua em estado l?quido. Por isto ele vem sendo cuidadosamente pesquisado desde sua descoberta, em 2015
Observa??es anteriores j? haviam identificado metano e di?xido de carbono na atmosfera do exoplaneta, sendo a primeira vez que mol?culas ? base de carbono foram descobertas na atmosfera de um exoplaneta na zona habit?vel. Esses resultados foram consistentes com as previs?es para um planeta hiceano, um mundo potencialmente habit?vel coberto por oceanos sob uma atmosfera rica em hidrog?nio.
Mas os compostos descobertos agora s?o mais compat?veis com a gera??o de gases por fontes biol?gicas.
Espectro de transmiss?o do exoplaneta K2-18 b usando o espectr?grafo MIRI, montado no telesc?pio Webb.
[Imagem: A. Smith/N. Madhusudhan]
Apenas sinais preliminares
Aqui na Terra, s? se conhecem fontes de sulfeto de dimetila (C2H6S) e de dissulfeto de dimetila [(CH3)2S2] de origem biol?gica, principalmente por vida microbiana, como o fitopl?ncton marinho. Embora um processo qu?mico desconhecido possa ser a fonte dessas mol?culas no K2-18b, os resultados s?o o ind?cio mais forte at? o momento de que pode existir algum tipo de vida por l?.
Mas ? apenas um ind?cio porque a confiabilidade das observa??es atingiu um n?vel de 3 sigmas de signific?ncia estat?stica (probabilidade de 0,3% de que o resultado seja devido ao acaso). E, para atingir a classifica??o aceita como descoberta cient?fica, as observa??es precisam ultrapassar o limiar dos 5 sigmas (probabilidade inferior a 0,00006% de ser resultado do acaso).
Ambas as mol?culas apresentam caracter?sticas espectrais sobrepostas na faixa de comprimento de onda observada pelo telesc?pio Webb, sendo necess?rias observa??es adicionais para diferenci?-las. No entanto, as concentra??es de DMS e DMDS na atmosfera do K2-18b s?o muito diferentes das da Terra, onde geralmente est?o abaixo de uma parte por bilh?o em volume. No K2-18b, estima-se que sejam milhares de vezes mais fortes - mais de dez partes por milh?o. Isso tamb?m pode ser indicativo de outra fonte dessas mol?culas naquele exoplaneta.
"? importante que sejamos profundamente c?ticos em rela??o aos nossos pr?prios resultados, porque s? testando e testando novamente conseguiremos chegar ao ponto em que tenhamos confian?a neles," disse Madhusudhan. "? assim que a ci?ncia tem que funcionar."
Bibliografia:
Artigo: New Constraints on DMS and DMDS in the Atmosphere of K2-18b from JWST MIRI
Autores: Nikku Madhusudhan, Savvas Constantinou, Mans Holmberg, Subhajit Sarkar, Anjali A. A. Piette, Julianne I. Moses
Revista: The Astrophysical Journal Letters
Vol.: 983 L40
DOI: 10.3847/2041-8213/adc1c8
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