Descoberto novo planeta anão nos confins do Sistema Solar

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Redação do Site Inovação Tecnológica - 23/05/2025

Novo planeta n?o

Astr?nomos descobriram um corpo celeste distante que pode ser um planeta-an?o desconhecido at? hoje. O rec?m-descoberto 2017 OF201 por enquanto est? catalogado como um objeto transnetuniano, orbitando o Sol bem al?m de Netuno.

As primeiras imagens indicam que o corpo celeste ? grande o suficiente para ser considerado um planeta an?o, a mesma categoria de Plut?o, mas ser?o necess?rias observa??es adicionais para confirmar isto.

O OF201 torna-se assim um dos objetos vis?veis mais distantes do nosso Sistema Solar, sugerindo inclusive que o que os astr?nomos acreditavam ser uma regi?o vazia do espa?o, al?m de Netuno, no Cintur?o de Kuiper, n?o ?, de fato, vazia.

Objetos transnetunianos s?o planetas menores que orbitam o Sol a uma dist?ncia m?dia maior do que a ?rbita de Netuno. Mas o OF201 ? especial por dois motivos: Sua ?rbita extrema e seu grande tamanho.

"O af?lio do objeto - o ponto mais distante do Sol na ?rbita - ? mais de 1.600 vezes maior que a ?rbita da Terra," contou Sihao Cheng da Universidade de Princeton, nos EUA. "Enquanto isso, seu peri?lio - o ponto mais pr?ximo do Sol em sua ?rbita - ? 44,5 vezes maior que a ?rbita da Terra, semelhante ? ?rbita de Plut?o."

Essa ?rbita extrema significa que o ano do OF201, o tempo que ele leva para completar uma ?rbita em torno do Sol, equivalente a 25.000 anos da Terra, sugerindo uma hist?ria complexa de intera??es gravitacionais. Na verdade, sua presen?a pode at? mesmo questionar as hip?teses anteriores sobre a exist?ncia de um Planeta Nove.

As primeiras estimativas indicam que o di?metro do OF201 seja de 700 km, o que o tornaria o segundo maior objeto conhecido em uma ?rbita t?o ampla. O di?metro de Plut?o, por sua vez, ? de 2.377 km. Observa??es adicionais, possivelmente usando radiotelesc?pios, ser?o necess?rias para determinar o tamanho exato do objeto.

Qualquer um poderia ter descoberto

O novo corpo celeste foi identificado procurando por pontos brilhantes em um banco de dados de imagens astron?micas do Telesc?pio Victor M. Blanco e do Telesc?pio Canad?-Fran?a-Hava? (CFHT). Essa busca foi realizada utilizando um algoritmo computacionalmente eficiente desenvolvido pela equipe.

O programa tenta conectar todos os grupos poss?veis dos pontos nas imagens que pareciam se mover pelo c?u da mesma forma que um ?nico objeto. Por fim, ele identificou o 2017 OF201 em 19 exposi??es diferentes, capturadas ao longo de 7 anos.

A descoberta tem implica??es significativas para a compreens?o do Sistema Solar externo. A ?rea al?m do Cintur?o de Kuiper, onde o objeto est? localizado, era considerada essencialmente vazia, mas esta descoberta sugere que isso n?o ? verdade.

"O 2017 OF201 passa apenas 1% do seu tempo orbital perto o suficiente de n?s para ser detect?vel. A presen?a deste ?nico objeto sugere que pode haver cerca de outras centenas de outros objetos com ?rbita e tamanho semelhantes; eles est?o muito distantes para serem detect?veis agora," comentou Cheng. "Embora os avan?os nos telesc?pios tenham-nos permitido explorar partes distantes do Universo, ainda h? muito a descobrir sobre o nosso pr?prio Sistema Solar."

A descoberta tamb?m demonstra o poder da ci?ncia aberta. "Todos os dados que usamos para identificar e caracterizar este objeto s?o dados de arquivo dispon?veis para qualquer pessoa, n?o apenas para astr?nomos profissionais," disse Jiaxuan Li, membro da equipe. "Isso significa que descobertas inovadoras n?o se limitam a quem tem acesso aos maiores telesc?pios do mundo. Qualquer pesquisador, estudante ou mesmo cientista cidad?o com as ferramentas e o conhecimento certos poderia ter feito essa descoberta, destacando o valor do compartilhamento de recursos cient?ficos."

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