Nave espacial que transpira revoluciona escudos térmicos para reentrada

Espa?o

Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/05/2025

Resfriamento por transpira??o

O suor ? um mecanismo fisiol?gico que muitos animais, incluindo os humanos, usam para regular a temperatura corporal, especialmente em ambientes quentes ou durante atividades f?sicas intensas.

As naves espaciais tamb?m sofrem com o calor, podendo at? mesmo ser destru?das por ele, quando precisam retornar ? Terra ou pousar em outros planetas, devido ao atrito com a atmosfera.

Um trio de pesquisadores da Universidade do Texas, nos EUA, decidiu agora juntar as duas coisas, projetando um escudo t?rmico de reentrada que transpire para reduzir a temperatura e proteger a nave.

O escudo dever? suar um l?quido refrigerante, liberado por um material especial, repleto de microcanais, que a equipe est? construindo com uma impressora 3D. Ao sair pelos microcanais e encontrar a onda de calor, o l?quido se transformar? em um g?s, criando um "colch?o" de arrefecimento que evitar? danos ao pr?prio escudo.

A equipe acredita que esta tecnologia poder? dar um novo impulso ? ado??o de naves reutiliz?veis. As naves espaciais tradicionais dependem de escudos t?rmicos que queimam completamente, ou de placas de cer?mica, que podem precisar ser substitu?das entre os voos.

Uma nave espacial capaz de suar poder? at? mesmo abandonar completamente esses escudos t?rmicos tradicionais, gra?as ao m?todo que a equipe chama de resfriamento por transpira??o.

Como o g?s liberado pelo suor isola o ve?culo, escudos t?rmicos descart?veis, que a NASA vem tentando desenvolver h? d?cadas, n?o s?o mais necess?rios. Isso poderia reduzir o intervalo entre voos de meses, como acontecia com os antigos ?nibus espaciais, para algumas horas, mais pr?ximo do tempo de rota??o de um jato de passageiros.

Testes em laborat?rio e no espa?o

A ideia de fazer uma nave suar n?o ? nova, mas a equipe acredita que agora finalmente conta com os meios para tornar realidade essa ideia, sobretudo em termos de materiais dispon?veis, poder computacional para simular a opera??o e otimizar os materiais e laborat?rios para testar os prot?tipos.

Para que o resfriamento por transpira??o em voos espaciais seja bem-sucedido, o material do casco da nave espacial deve ser forte o suficiente para suportar press?es extremas, mas poroso o suficiente para que o l?quido de arrefecimento possa sair pelos poros. O material escolhido ? um carboneto de sil?cio, e a equipe est? usando a manufatura aditiva para garantir canais precisos em seu interior. O primeiro lote de prot?tipos j? est? em testes em um t?nel de alta velocidade.

"Devemos observar que a superf?cie do material ? mais fria em velocidades hipers?nicas quando o fluxo de refrigerante ? introduzido, do que a linha de base, quando n?o h? refrigerante presente," disse William Matthews, membro da equipe. "Dependendo da qualidade da penetra??o do g?s no material, h? muitos usos potenciais para essa tecnologia, e esses testes devem nos ajudar a decidir em que dire??o queremos ir."

A pesquisa est? sendo feita em conjunto com a Canopy Aerospace, especializada em escudos e prote??o t?rmica, que dever? bancar uma miss?o de teste real, indo ao espa?o e reentrando na atmosfera terrestre.

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