Pele de elefante inspira isolante térmico para edifícios

Meio ambiente

Redação do Site Inovação Tecnológica - 24/02/2025

Biomimetismo duplo

H? poucos dias, engenheiros alem?es apresentaram um mecanismo de sombreamento biomim?tico que controla o clima de pr?dios sem gastar energia em ar-condicionado.

Aquela inova??o foi inspirada nas pinhas, as frutas dos pinheiros.

A equipe da professora Hortense Le Ferrand, da Universidade Tecnol?gica de Nanyang, em Cingapura, tamb?m se inspirou na natureza para criar um material de isolamento t?rmico para edif?cios, mas sua abordagem foi duplamente biomim?tica.

S?o ladrilhos de revestimento com um desenho inspirado na pele dos elefantes, e ent?o fabricados usando um fungo naturalmente respons?vel pela podrid?o da madeira.

"Os materiais atualmente utilizados em paredes para manter uma temperatura agrad?vel em ambientes internos consistem essencialmente em l? de vidro para isolamento t?rmico, e azulejo ou tinta com cor branca para refletir a luz solar. Mas l? de vidro e azulejos ou tinta de cer?mica s?o materiais produzidos usando processos caros e usando materiais n?o biodegrad?veis," justificou Hortense.

Refrigera??o passiva

Imitar a pele dos elefantes permite que a parte frontal texturizada dos ladrilhos aque?a mais lentamente e esfrie mais rapidamente do que a parte traseira, que ? plana.

Quando usados na parte externa dos edif?cios, eles ajudam a isolar o calor do ambiente externo, enquanto deixam o edif?cio esfriar. Os ladrilhos esfriam ainda mais efetivamente quando est?o molhados, o que os torna especialmente ?teis em ambientes tropicais, explica a pesquisadora.

"Essa abordagem desafia as ind?strias de constru??o tradicionais. Os ladrilhos e o processo nos aproximam da natureza, ao mesmo tempo em que colocam as necessidades humanas e o bem-estar no centro da tecnologia," concluiu Hortense.

Ladrilhos de fungos

A equipe primeiro desenvolveu desenhos que imitam a textura da pele dos elefantes, que possui sali?ncias e rugas que permitem que a ?gua flua e evapore, criando um efeito de resfriamento. Simula??es de computador permitiram testar diferentes desenhos, at? chegar a um padr?o ideal para isolamento t?rmico.

Em seguida, uma impressora 3D foi usada para criar ladrilhos em pl?stico e, a seguir, criar um molde de silicone do projeto final. Esses moldes foram ent?o usados como formas de silicone para cultivar os fungos, criando os ladrilhos biodegrad?veis finais. Os ladrilhos s?o compostos de c?lulas f?ngicas que se re?nem em uma rede interconectada tridimensional, chamada mic?lio.

O processo ? simples e n?o requer equipamento avan?ado. "N?s combinamos elementos de biomim?tica com bioengenharia, usando um material vivo, que ? um fungo que decomp?e madeira, para produzir o produto," disse Hortense.

"Usando biomassa residual, no nosso caso microfibras de bambu, e um fungo comum natural, os ladrilhos fazem parte de uma economia circular. Como s?o feitos de materiais naturais, eles s?o totalmente biodegrad?veis. Mas as propriedades especiais do fungo tamb?m os tornam resistentes ?s intemp?ries," acrescentou.

• Ladrilhos sustent?veis mant?m qualidade do ar sem gastar energia

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