PGFN abre nova transação tributária para dívidas a partir de R$ 50 milhões

2 semanas atrás 9

TRIBUTÁRIO

PGFN abre transação tributária para dívidas a partir de R$ 50 milhões em discussão na Justiça.

  • compartilhe no facebook
  • compartilhe no twitter
  • compartilhe no linkedin
  • compartilhe no whatsapp

Dívidas judiciais acima de R$ 50 milhões já podem ser negociadas com a PGFN

A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) abriu uma nova oportunidade de negociação para contribuintes que enfrentam discussões judiciais envolvendo dívidas de R$ 50 milhões ou mais. A iniciativa faz parte do Programa de Transação Integral (PTI), regulamentado pela Portaria nº 721/2025, e tem o objetivo de aumentar a arrecadação e contribuir para o equilíbrio fiscal do governo.

A nova modalidade é direcionada exclusivamente a créditos inscritos na dívida ativa da União, que estejam em discussão judicial. A proposta leva em conta o Potencial Razoável de Recuperação do Crédito Judicializado (PRJ), avaliando a tese jurídica envolvida, o estágio da execução fiscal e a capacidade real de recuperação do débito.

Segundo o Ministério da Fazenda, até R$ 300 bilhões em créditos podem ser negociados por meio da medida. A expectativa é que, apenas em 2025, sejam arrecadados mais de R$ 30 bilhões com as adesões ao programa.

Condições de pagamento e benefícios

Entre os principais atrativos da transação estão:

  • Descontos de até 65% sobre juros, multas e encargos (sem abatimento no valor principal);
  • Parcelamento em até 120 vezes;
  • Utilização de precatórios federais ou créditos líquidos e certos com decisão judicial definitiva para abater parte da dívida.

Os pedidos de adesão podem ser feitos até 31 de julho de 2025, diretamente à PGFN. Um diferencial importante é que a negociação independe da capacidade de pagamento do contribuinte, o que abre margem para que grandes empresas, anteriormente excluídas, possam participar.

Expectativa para novas transações

Atualmente, a transação está limitada às dívidas já inscritas. No entanto, há a previsão de que, futuramente, o modelo seja ampliado para créditos em contencioso administrativo, como aqueles em tramitação no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Ainda não há data definida para essa ampliação.

A iniciativa responde a uma demanda antiga de grandes companhias que buscavam condições de regularização fiscal semelhantes às oferecidas para empresas com menor capacidade de pagamento. Segundo especialistas, a medida representa uma mudança de paradigma, por focar na análise do débito e não necessariamente na situação do contribuinte.

Limitações e críticas

Apesar dos avanços, o piso de R$ 50 milhões é considerado alto por alguns profissionais da área, que esperavam um valor mínimo menor para ampliar o alcance da medida. Outro ponto destacado é a impossibilidade de utilização de prejuízo fiscal e base negativa da CSLL, o que havia sido solicitado por empresas, mas foi vetado em razão de orientações do Tribunal de Contas da União (TCU).

Ainda assim, a abertura para negociação de grandes dívidas representa um avanço relevante na política fiscal, proporcionando alternativas viáveis para resolução de litígios tributários de alto valor.

Leia mais sobre

Izabella Miranda

Publicado por

Izabella Miranda

Diretora de conteúdo

ÚLTIMAS NOTÍCIAS
Gabarito preliminar do Exame de Suficiência é divulgado

EXAME DE SUFICIÊNCIA CFC

FGV divulga gabarito preliminar do Exame de Suficiência 2025.1
Inclusão de sindicatos no Simples Nacional avança na Câmara

LEGISLAÇÃO

Projeto de Lei propõe inclusão de sindicatos no Simples Nacional
Municípios com RPPS devem enviar dados contábeis até fim do mês

OBRIGAÇÃO CONTÁBIL

STN e SRPC notificam Municípios com RPPS que ainda não enviaram informações de dados contábeis
MTE inicia cobrança de débitos via FGTS Digital

FGTS DIGITAL

FGTS Digital: MTE notifica 900 mil empresas com débitos
Por que a Conta Azul Con 2025 pode mudar o rumo do seu negócio contábil?

Conta Azul Con 2025

Por que a Conta Azul Con 2025 pode mudar o rumo do seu negócio contábil?
 impactos no fluxo de caixa das empresas

REFORMA TRIBUTÁRIA

Reforma Tributária: fluxo de caixa das empresas será altamente impactado, segundo especialista

ARTICULISTAS CONTÁBEIS

VER TODOS
Ler artigo completo